O atacante brasileiro Vinícius Junior, do Real Madrid, foi novamente vítima de racismo neste domingo (21), durante derrota do time em partida do Campeonato Espanhol “La Liga”, no Estádio Mestalla, em Valencia, na Espanha. Após vitória dos adversários, o jogador foi alvo de insultos racistas e gritos chamando-o de “mono” (macaco) pelos torcedores. Em seguida, o jogo foi paralisado nos minutos finais e com uma confusão em campo, Vini Jr acabou sendo expulso.
Essa não é a primeira vez que o atacante é alvo de atos racistas. Desde 2021, já são dez episódios de racismo e ódio em partidas. Nas redes sociais, Vini Jr desabafou, reforçando a recorrência dos acontecimentos, criticou a La Liga e lamentou a normalização dos casos. “Lamento pelos espanhois que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”, escreveu.
Javier Tebas, presidente da La Liga, se pronunciou nas redes sociais argumentando que o atacante não entende a competência da entidade diante desses casos.
O presidente Lula (PT), cumprindo agenda em encontros de países do G7, aproveitou uma das coletivas de imprensa para prestar solidariedade ao jogador brasileiro. “Um menino pobre que venceu na vida. Um dos melhores jogadores do mundo e do Real Madrid. Não vamos permitir que o racismo tome conta dos estádios de futebol”, disse.
Episódios anteriores
De acordo com o jornal espanhol AS, as denúncias dos nove episódios anteriores foram arquivadas ou seguem em curso nos tribunais. E nenhum dos clubes envolvidos, sequer, sofreu medidas disciplinares desportivas.
Por Bruna Calazans