Polo Industrial completa 45 anos com mais de 90 empresas em atividade

Polo Industrial completa 45 anos com mais de 90 empresas em atividade

Por Redação

Com mais de 90 empresas em plena atividade, o Polo Industrial de Camaçari completa, nesta quinta-feira (29), 45 anos em operação no município. Abrigando diversificado conjunto de corporações, dos mais variados segmentos na área da indústria, como: química, têxtil, celulose, metalurgia, pneus, fármacos, dentre outros; o empreendimento é reconhecido como o maior complexo industrial do Hemisfério Sul.

O superintende de Comunicação, do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Érico Oliveira, afirmou que a relação entre Polo Industrial e Prefeitura de Camaçari, “é positiva, de cooperação e parceria em várias áreas”, e completou, “as contribuições dadas por empresas do Polo e pelo Cofic na elaboração do PDDU [Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano]; a vinda da UFBA [Universidade Federal da Bahia]; e implantação da Escola Técnica do Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial].

Com a chegada do Polo, o município ganhou visibilidade, não só no Brasil, mas em todo o mundo, de onde vieram e se estabeleceram em seu perímetro, as empresas alemãs Bayer, Basf, Knauf e Continental; a japonesa Bridgestone; a americana Kimberly-Clark, dentre outras dezenas, líderes em seus segmentos. Fatores como o desenvolvimento urbano e o crescimento demográfico na cidade, ocorreram de forma rápida, nas décadas posteriores à instalação do complexo.

Com faturamento estimado em 15 bilhões de dólares anuais, o Polo Industrial de Camaçari vende para outros países, o equivalente a 15% do total de produtos exportados pelo estado da Bahia. Isso garante R$ 3 bilhões, ao ano, em arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com participação no Produto Interno Bruto (PIB) baiano, de 22%.

Gerando 10 mil empregos diretos e 30 mil indiretos; trabalhar no Polo Industrial sempre foi o sonho de muitos camaçarienses, moradores de municípios baianos, e migrantes de diversos estados do Brasil, que há muitos anos se estabeleceram em Camaçari, buscando a oportunidade de conquistar uma vida digna e melhores condições para a família.

Trabalhando no Polo Industrial desde 2006, quando ingressou na empresa Oxiteno do Nordeste, no setor de suprimentos, Marcelo Barreto, 41 anos, morador do bairro Camaçari de Dentro, comentou que “sempre desejei fazer parte de uma empresa grande e prosperar na vida, como foi com meu pai, que trabalhando como operário do Polo, criou bem os quatro filhos”. Há mais de 10 anos atuando como técnico administrativo, na área de suprimentos da empresa Deten Química S.A., o industriário pontuou que “a mudança para uma nova empresa foi desafiadora, mas necessária, porque aqui cresci muito nas áreas profissional e pessoal, e encontrei pessoas que me ajudam muito no desempenho das minhas funções”.

Chegando a Camaçari no ano de 1978, o piauiense João Pinheiro, 64 anos, trabalhou no Polo durante mais de três décadas, onde desempenhou diversas funções na área de funilaria. “Lembro que vi uma notícia na TV, anunciando a implantação do maior polo da América Latina. Convidei uns amigos, mas ninguém teve coragem de me acompanhar, então, resolvi vir só, eu e Deus”, comentou o aposentado, residente do bairro Mangueiral, que também falou das realizações pessoais alcançadas no período em que foi operário, “me casei e tivemos três filhos maravilhosos, os quais educamos e formamos dentro de boas condições. Hoje, graças a Deus, tenho minha liberdade financeira, como um aposentado do Polo de Camaçari”.

Para os próximos anos, a expectativa é de expansão e atração de novos empreendimentos. “Existem projetos de expansão já em andamento na área de pneus, por exemplo, e em outros segmentos industriais, que aguardam sinais mais claros de recuperação da atividade econômica do país para a implementação”, explicou o superintendente do Cofic, que finalizou citando as principais conquistas do Polo Industrial de Camaçari, ao longo de sua história, “mais completo monitoramento ambiental do país e programas de responsabilidade socioambiental, mantendo diálogo com as comunidades vizinhas”.

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