O clima é de comemoração na franquia Kopenhagen nesse primeiro semestre de 2021. Depois de um ano difícil como 2020, a rede conseguiu agilizar a transformação digital das unidades físicas e registrou crescimento de 15% nas mesmas lojas (same store sales) nos primeiros seis meses do ano em relação ao mesmo período de 2019, antes da pandemia. Só no mês de maio o avanço foi de 37%, segundo a diretora executiva da marca, Maricy Gattai.
A última Páscoa registrou o melhor resultado nos 93 anos de história da marca, com um reforço importante do digital: cerca de 34% das vendas vieram de canais on-line pertencentes ao ecossistema Minha Kop, que abrange atendimento via WhatsApp, e-commerce e aplicativos de delivery. O resultado total foi 20% superior ao mesmo período em 2019.
O e-commerce, inclusive, passou a contar com o estoque de cerca de 150 das 430 franquias da marca, e não mais próprio. Isso ajudou a dar um giro de 98% nos produtos na data, 8% a mais do que em 2019. Ou seja, quase tudo que foi para a loja foi vendido. Os planos do Grupo CRM, que detém a marca Kopenhagen, é que toda a rede de franqueados esteja conectada no ecossistema até o final do ano.
Mesmo se tratando de uma marca tradicional, com franqueados antigos no sistema, a migração para o digital não tem sido um desafio, segundo Gattai: a urgência imposta pela pandemia fez com que todos voltassem os olhos para a necessidade de venda por canais alternativos. O segredo, de acordo com ela, tem sido a forte aposta no treinamento.
“Começamos no Natal, já com bastante força no atendimento on-line. A partir de janeiro aceleramos a entrada dos franqueados no e-commerce. Fizemos movimentos regionais e bem planejados. O próximo passo é fazer um Natal 2021 com 100% da rede no digital”, diz.
Uma ferramenta que tem se destacado na rede é o Personal Shopper. Ela entrou em projeto piloto já no ano passado com 150 lojas e passou pelo teste de fogo na Páscoa 2021, com as lojas fechadas novamente. O serviço consiste em um atendimento humanizado e individualizado no WhatsApp, que integra as informações que as lojas já têm sobre os clientes. “Queríamos fugir da comunicação massificada. É uma aproximação das nossas marcas com esses consumidores mais fiéis.”
Gattai explica que a área de tecnologia – que foi ampliada recentemente – olha todos os indicadores desse serviço diariamente. A taxa de conversão é de 30%, extremamente relevante dentro do faturamento da empresa. Na Páscoa, o Personal Shopper foi responsável por 10% do faturamento de toda a rede. “É um grande case nosso. A mensagem vem de encontro com a recorrência de consumo, baseado nas preferências de compra daquele consumidor. Pode ser tanto ativo, quando o vendedor entra em contato, quanto receptivo, que é quando o próprio cliente nos contata e conversa com a sua loja de preferência.”
Hoje, com as lojas reabertas, os canais digitais da Kopenhagen caminham para a consolidação dentro do modelo de negócio e conseguem representar entre 8% e 12% da receita das unidades, variando de acordo com a sazonalidade.
Além da expansão tecnológica, a Kopenhagen também pretende colocar o pé no acelerador na expansão física da rede. A ideia é inaugurar 100 lojas até dezembro. De acordo com Gattai, a empresa tem pontos mapeados em todo o Brasil tanto para lojas de rua, quanto de shopping center.
Franquia Kopenhagen
O Grupo CRM, que também é dono das redes Chocolates Brasil Cacau e Kop Koffee, além da Kopenhagen, faturou R$ 1,5 bilhão em 2019. Recentemente, a empresa criou um blog e um canal nas redes sociais (@kopenhagen.franquias) próprio para quem quer ser um franqueado da marca mais tradicional do conglomerado.
O valor necessário para ter uma franquia Kopenhagen varia de acordo com o formato escolhido: O modelo Loja custa a partir de R$ 390 mil, o Projeto Light demanda um aporte superior a R$ 280 mil, a Loja Contêiner sai a partir de R$ 150 mil e o Quiosque custa a partir de R$ 110 mil. Os valores não incluem capital de giro e estoque inicial.