Escoamento de minério sofre com falta de logística eficiente na Bahia

Apesar disso, Bahia cresceu 7% na mineração em 2022, mantendo 3º lugar nacional

Dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), dão conta de que entre janeiro e setembro de 2022, a produção de minério na Bahia cresceu R$1 Bi a mais que em 2021, no mesmo período, atingindo R$7,8 Bilhões de reais.

O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, afirma que para aproveitar o potencial de mineração baiano, é preciso se voltar para a logística. Apesar do crescimento, ainda há muito o que ser feito em relação às ferrovias de ligação que usam trens para transportar este tipo de carga.

Tramm explica que projetos de infraestrutura como a Ferrovia de Ligação Oeste-Leste (Fiol) e a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), apesar das possibilidades, promovem atraso no desenvolvimento regional, pois a primeira possui 80% de seu traçado pronto há mais de seis anos, enquanto falta trens à segunda. Ele também afirma que os ganhos de uma ferrovia funcionando traz benefícios não apenas ao ramo da mineração, mas ao agro também, além de desenvolver e melhorar a economia de cidades envolvidas no processo.

Em relação às ferrovias, vale informar que o atual governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, entre suas propostas, listou ações que envolvem a logística de produção do estado. Entre elas, é possível destacar:

  • Articular com o governo federal a conclusão do trecho II (Caetité-Barreiras) da Ferrovia Oeste-Leste (FIOL) e finalização dos estudos sobre o trecho III para definição do traçado de melhor interesse para as necessidades da Bahia, garantindo o tramo até o entroncamento com a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO)
  • Articular com o governo federal a reativação e requalificação dos trechos que estão abandonados da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e requalificação com possibilidade de instalação de bitola larga (aumento de capacidade de transporte e possibilidade de integração com a FIOL) no trecho Minas Gerais-Porto de Aratu

Acesse o documento completo aqui.

Ainda de acordo com presidente da CBPM, “o setor mineral promove uma forte dinamização da economia na região onde se insere, pois demanda toda uma cadeia produtiva de suprimentos e insumos”. Segundo ele, a mineração, diversas vezes, fica localizada em cidades onde se torna a principal atividade econômica regional. Ele também explica que é o setor que paga os maiores salários e compara com o comércio e a agricultura, “(dessa forma) acaba contribuindo para o desenvolvimento e aumento da renda nas regiões”, explica.

Fonte:

Ascom/CBPM

Correio

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