ABI e Sinjorba lançam rede de combate à violência contra profissionais de imprensa

A Rede de Combate à Violência Contra Profissionais de Imprensa foi lançada na capital baiana, nesta terça-feira (4), pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba).

A iniciativa, que busca inibir as agressões sofridas por jornalistas e respondê-las com rigor, conta com o apoio de veículos de comunicação de todo o estado, da Prefeitura de Salvador, do Governo do Estado e dos órgãos públicos de justiça e de segurança pública.

A apresentação da rede aconteceu no Auditório Samuel Celestino, na sede da ABI, reunindo jornalistas de diversos veículos de imprensa e das secretarias de Comunicação do Governo do Estado e da Prefeitura de Salvador. Estiveram ainda presentes, agentes das polícias Civil e Militar, servidores da secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Guarda Civil Municipal e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Bahia.

Para a Sinjorba, a construção da Rede vai ao encontro da necessidade de conter a escalada de ataques que coloca o Brasil entre as nações mais inseguras para o trabalho jornalístico, conforme apontam os dados apresentados pelo relatório “Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil” (2022), publicado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Durante o encontro, o caso de uma repórter da TV Record Bahia foi relatado como um dos exemplo dos abusos cometidos contra os profissionais de imprensa.

O presidente da ABI, Ernesto Marques, explica a necessidade de levar a campo mais essa iniciativa preventiva. “É nossa resposta em busca de fazer frente a todo tipo de violência contra a imprensa. Não somente à violência física, mas casos de assédio judicial e moral, qualquer tipo de embargo que possa impedir ou inibir nosso trabalho é um tipo de violência. Portanto, toda e qualquer ação que vise criar obstáculo para que cheguemos à verdade dos fatos precisa ser entendida como um ato violento que precisa ser combatido”, disse.

Para o presidente do Sinjorba, Moacyr Neves, a Rede precisa se posicionar antes e depois das agressões por meio de campanhas preventivas. “Não podemos deixar que agressões contra jornalistas resultem na liberação impune dos agressores. As instituições públicas devem promover a criminalização desses atos. Por outro lado, buscamos prevenir que isso aconteça”, destacou.

A primeira reunião oficial de trabalho da rede ocorrerá no dia 11 de abril, na sede da ABI, na Rua Guedes de Brito, Nº 1, em horário a ser divulgado pela imprensa.

Redação

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