Conforme um levantamento realizado pela Sodexo Benefícios e Incentivos, o vale-refeição tem bancado apenas 11 refeições, em média, duas a menos do que o registrado em 2022. A pesquisa levou em conta o valor médio de R$ 40,64 por refeição, da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) feito no meio do ano passado. Mesmo com os reajustes nos valores dos benefícios, por parte das empresas de todos os portes, os trabalhadores precisam tirar do próprio bolso o dinheiro para os almoços.
De acordo com o Diretor Executivo de Estabelecimentos da Sodexo, Antônio Alberto Aguiar, além de auxiliar no direcionamento aos parceiros estabelecimentos, clientes RH’s e consumidores, o intuito da pesquisa é chamar a atenção da sociedade e do poder público para a necessidade de manter a alimentação adequada e de qualidade do trabalhador. “São os mais impactados dentro de um cenário econômico incerto”, afirma.
A economista Natália Maria Cruz explica que a inflação é a grande vilã responsável pela perda do poder de compra dos brasileiros, e que o setor de alimentação foi um dos mais impactados neste processo. Segundo dados do IBGE, entre 2019 e 2022, a inflação acumulada em 12 meses registrou índice de 4,31% ao ano até 10,06% ao ano.
“Se R$ 30 comprava um almoço em 2019, os mesmos R$ 30 não compram a mesma refeição em 2023. Seria necessário que os reajustes do vale-refeição seguissem, pelo menos, a inflação do período para que o poder de compra permanecesse íntegro, mas não é isso que acontece”, pontua.
Redação